

SONS DE MERCÚRIO
A HISTÓRIA
Fortemente representada nos arranjos, a cultura nordestina e seus traços plurais se misturam com questões místicas, astrológicas e transcendentais da condição humana na música feita pelo grupo Sons de Mercúrio.
A banda, originada na cidade de Feira de Santana, interior da Bahia, vem conquistando de forma natural um espaço dentro da cena local e começa a alçar novos voos.
Formada por Mohzah Nascimento (voz, violão e guitarra) e Cartre Sans (voz, violão e piano), o grupo traz na bagagem a proposta de não se rotular musicalmente e fazer de suas canções vetores de autoconhecimento.
“Sons de Mercúrio traz um pouco de cada um de nós. E vem ao mundo sem rótulos, sem vaidades, sem determinismos. O que nos une é o amor pela música e o desejo de transformar versos e melodias em algo transformador na vida de quem mergulha neste planeta”, explica Mohzah.
Na manga, canções autorais que falam de crendices, amores, a busca pela autoconsciência, a autodescoberta, sentimentos humanos, das pessoas e suas jornadas. O grupo tenta buscar as reminiscências adormecidas de ritmos presentes em nosso folclore de forma sucinta e usa elementos do rock, folk, indie e MPB com harmonias vocais das melodias sobrepostas para resgatar antigos cantos de rituais e em sons que passeiam entre os violões cigano-seresteiros e o regionalismo pincelado de guitarras distorcidas.
A banda, que nasceu da ideia de um show único apresentado no Teatro do CUCA (Centro Universitário de Cultura e Arte) em novembro de 2017 na cidade de Feira de Santana, emendou a partir daí uma série de apresentações, sempre com público cativo. “Decidimos fazer o show ‘Mercúrio - Entre Crendices e Amores Pagãos’, mas não esperávamos toda receptividade que tivemos. O brilho nos olhos da plateia que estava no Teatro do Cuca mostrou que nossa música estava se tornando uma realidade”, lembra Cartre Sans.
Depois da primeira apresentação, o grupo resolveu criar o projeto “Sons de Casa”, que levou a banda para tocar na residência de 15 sorteados no Instagram. Foram 15 apresentações entre abril e setembro de 2018.
Em outubro de 2018 a banda ainda participou do “11º Fun Music” (maior festival universitário de música do Brasil). Sons de Mercúrio fez shows em São Vicente (SP) e Leme (SP). Foram mais de 250 bandas de todo país participando do projeto, que selecionou 45 para as etapas classificatórias e 12 para as semifinais. A canção que levou a banda até as semifinais foi "Mercúrio", lançada no formato single naquele mesmo mês, disponível em diversas plataformas digitais, além do clipe da canção na plataforma Youtube.
Em novembro se apresentaram no cultuado festival “Feira Noise”, junto com nomes como Scalene, Boogarins, Attooxa, Lupa, Letrux, Duda beat, entre outros. No mesmo mês o grupo lançou mais um single: "Via Crucis". O clipe da canção, com direção de Revson Costa e imagens por Anderson Moreira também foi lançado através da plataforma Youtube.
Foi essa caminhada que resultou na produção do primeiro álbum, lançado em março de 2019. Produzido de forma independente, gravado no Gato Preto Estúdio, em Feira de Santana-BA, e com distribuição digital e física realizada pela Ruffo, “Entre Crendices e Amores Pagãos” é composto por treze canções que possuem significado próprio, sem deixar de se conectarem e construírem uma única obra: a jornada da consciência, da intenção de existir à morte.
E foi 2019 que consolidou o grupo no cenário musical. Mais um ano com o projeto Sons de Casa, shows em Feira de Santana, incluindo aí a participação no projeto da banda Seu Pereira, comemorando 10 anos de carreira, a apresentação no Baile Surrealista e o espetáculo Passos Peregrinos, realizado no Teatro do Sesc. Em Salvador, show realizado no Pelourinho na Virada Sustentável. O ano também contou com o o lançamento do clipe "Peregrino", com direção de Ícaro de Oliveira e de mais uma apresentação no Feira Noise Festival.
No início de 2020, "Entre Crendices e Amores Pagãos" eleito o melhor lançamento musical de 2019 pelo voto popular, em votação realizada pelo site El Cabong. (Link para a matéria: http://www.elcabong.com.br/os-melhores-discos-baianos-de-2019-pela-votacao-popular/ ).
Por conta da pandemia imposta pelo Covid-19, o grupo suspendeu as apresentações. Dentro do contexto de restrições, Cartre e Mohzah produziram e lançaram em outubro daquele ano o single "O tempo é mestre".
Em 2021, com o apoio da Lei Aldir Blanc, o duo produziu e lançou seu segundo álbum: O Eu Chamado e Outras Jornadas". A obra conta com 09 canções que, somadas às 13 do primeiro álbum, completam a jornada pelos 22 arcanos maiores do Tarot. O disco contou com participações especiais, incluindo os baianos Joana Terra e Fábio Cascadura, o pernambucano Almério e o português Jorge Benvinda.
O álbum foi bem recebido pela crítica musical nacional, e em 2022 foi eleito, pelo voto popular, o melhor álbum baiano de 2021, realizado pelo site El Cabong. (Link para a matéria: Votação encerrada: Veja quais são os melhores álbuns baianos de 2021 pelo público – el Cabong ).
Em live realizada no Instagram, o duo anunciou que retornará às atividades no início de 2023, com shows e, é claro, mais canções.
INTEGRANTES
Mohzah Nascimento é músico, compositor e intérprete. Nasceu em Ribeira do Pombal, também no interior da Bahia. Começou na banda National Flag (1998 a 2001), mas de 2003 a 2010 fez parte da Brinquedo de Menina, na qual lançou um CD e um DVD (com participação do sanfoneiro Targino Gondim). Foi vencedor do Festival Vozes da Terra (2015) e lançou o trabalho autoral “Minguante” em março de 2017 (disponível nas plataformas digitais).
Cartre Sans é desenhista, violonista, compositor e intérprete. Nasceu em São Paulo, mas viveu em Andorinha-BA e mais tarde se estabeleceu em Feira de Santana. Participou de alguns projetos musicais como “Antimusa”, “Samsara”, “Olho de Boi” e “Três Asas”. Tem poemas publicados em algumas coletâneas da editora Diabo A4.
